Koichiro Matsuura Diretor-Geral da UNESCO
Os oceanos do Planeta e seus mares adjacentes, assim como os recursos biológicos e não biológicos que contêm, são essenciais para a sobrevivência da vida tal como a conhecemos. A sustentabilidade do ar que respiramos, a água que bebemos, os alimentos que ingerimos e o clima em que vivemos depende da saúde dos nossos oceanos e mares.
As áreas costeiras que bordam os oceanos e os mares são o hábitat de 50% da população mundial. Quarenta e quatro dos países do mundo são Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento que dependem especialmente dos oceanos. Nos oceanos, as costas e ilhas são suporte para uma enorme gama de atividades humanas de grande valor e importância.
A pesca, por exemplo, é uma atividade econômica e social importante, que sustenta direta e indiretamente a 400 milhões de pessoas. A agricultura marinha é uma indústria que cresce rapidamente e representa trinta por cento do consumo mundial de pescado. Além do mais, a indústria de viagens e turismo é o setor da economia mundial que cresce com maior rapidez, especialmente em áreas costeiras e marinhas. As distintas atividades humanas realizadas nos oceanos, costas e ilhas exercem uma pressão cada vez mais intensa na integridade dos ecossistemas costeiros e marinhos, cujos recursos vêm sendo ameaçados por exploração demasiada.
Na atualidade, 75% dos recursos pesqueiros mundiais são explorados plenamente ou em excesso; 70% das 126 espécies de mamíferos marinhos estão ameaçadas; 50% dos mangues do mundo foram perdidos; e estão sendo destruídos rapidamente importantes hábitats de algas marinhas. A busca de segurança alimentar para uma população humana crescente está levando a produção agrícola intensiva baseada em uma maior utilização de fertilizantes, pesticidas, herbicidas, contribuindo assim para deterioração dos ecossistemas costeiros e marinhos.
O meio ambiente marinho é complexo e inacessível. É difícil e caro estudá-lo. Além disto, as jurisdições nacionais e internacionais, acordos regionais e globais e prioridades conflitantes trazem mais complicações. Como resultado, cooperações intergovernamentais são necessárias se as conseqüências globais tiverem que ser encaminhadas e resolvidas. Isso requer instituições globais e regionais fortes que tragam cientistas, pesquisas e mentores políticos juntos.
Requer também o envolvimento e a participação integral de comunidades locais e investidores que têm relação direta com o ambiente marinho e sua proteção. Além disso, os futuros avanços relativos aos oceanos, como a exploração e o gerenciamento de recursos recentemente acessíveis, seguramente irão requerer um planejamento coerente e integrado de cooperação internacional e uma gestão cuidadosa dos ecossistemas frágeis.


Muito Bom, e esta no texto a única solução para que esse quadro de degradação marítima é desde a mobilização conjunta de presidentes,chancelers, primeiros ministro até e principalmente a ação intesiva e ciclíca da comunidade,para que essa atuação em prol da conservação não se restrinja à apenas uma geração, mas à sucessivas, e só dessa forma se torna possível vislumbrar uma mudança de cenário.
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